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MINHAS CRÔNICAS

Lembrança de uma sexta-feira santa

Sem falar, sem gritar, sem reclamar sua santidade e poder, ele se entregou por nós.
Por nós derramou seu grande amor; remiu nossos pecados; sofreu com grande dor. Grande dor, carregava sob o peso do madeiro todos os martírios dos quais jamais foi responsável.
aceitou o cálice do destino traçado, mesmo antes de ser fecundo no seio daquela Virgem com quem compartilhou a mesma força necessária para o crucial momento.
Revelou todo o seu poder sem ao menos uma única vez admiti-lo petulantemente como outrora outros reis tão mais mortais e imperfeitos nunca foram um dia.
__ Crucifica-o, crucifica-o! - gritavam pobres judeus. Por estes intercedia à Divina Misericórdia pelo erro inconsciente que cometiam.
__ Pobres Judeus?!
__ Sim! Pobres da mais profunda miséria existencial. Foram esquecidos por aqueles que agora punham em suas mãos o destino deste que somente os amou. Antes amantes, admiradores do doce Galileu, do Sábio Mestre; hoje acusadores sem dó nem piedade; testemunhas do que viram e ouviram; esquecidos do amor que sentiram exalar daquele coração que defendia os humildes, as prostitutas, sarava os cegos, ressuscitava os mortos, amava os leprosos.
Foi a madeira e o martelo o seu ofício. São agora também o seu destino.
A cruz torna-se o símbolo de um amor que é provado na carne e no espírito, cuja mesma grandeza não há.

Por Juliane Sales


Enquanto estiver vivo, sinta-se vivo. Se sentir saudades do que fazia, volte a fazê-lo. Não viva de fotografias amareladas... Continue, quando todos esperam que desistas. Não deixe que enferruje o ferro que existe em você. Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você. Quando não conseguir correr através dos anos, trote. Quando não conseguir trotar, caminhe. Quando não conseguir caminhar, use uma bengala. Mas nunca se detenha.



MADRE TERESA DE CALCUTÁ

Uma comparação futebolísitca


Nós ... Um penta-campeonato conquistado em terras vizinhas;
Eles ... começando a saber o que é ter liberdade;
Nós ... Um conjunto de chuteiras "famooosas" pelo número de chutes certeiros;
Eles... Apenas amadores do profissionalismo da arte com a bola;
Nós... Cacas e Robinhos gritados por mais de 190 milhões de pessoas;
Eles... Só um era o famoso;
Nós... A grande promessa;
Eles... Apenas estreantes;
Nós... __ Porque temer? - dizia o Bueno __São estreantes! Ainda aprendendo a jogar! - repetia o Galvão;
Eles... Calados e sérios, baixos e magros, jovens militares atrás de um sonho agora possível;
Nós ... O sonho realizado 5 vezes;
Eles ... Que doce adversário: inexperientes, afoitos, ATRAPALHADOS.
O Quase deles? Hum! Foi o detalhe que nos salvou.
A taça ainda distante, continua garantida. Não por nossa superioridade. Essa se escondeu nas dores pubeanas de um Cacá meio lá e cá.
Talvez pela inexperiência do adversário.
Mas, ... prefiro acreditar que foram os pelos acréscimos negados por um juíz rigidamente pontual que nos lograram o direito de continuar acreditando.

Autora: Juliane  Sales


HOMENAGEM A MULHERES


Da Amélia que era mulher de verdade;
à Bibi que levantou a platéia;
à Cecília que rimou com maestria;
à Dalva que amou e emocionou;
à Elis cantora, à Fernanda atriz;
à Gabriela cravo e canela, à Helõ que vem e que passa;
à Iracema e seus lábios de mel;
à Joana, a santa guerreira;
à Kate das passarelas e das revistas;
à Leila que ousou, chocou e abriu caminho;
à Marta dos dribles e gols;
à Nair que fez gargalhar;
à Olga, revolucionária e passional;
à Paula das cestas mágicas;
à Maria Quitéria, mulher e soldado;
à Ruth e Raquel, as gêmeas de areia;
à Silvia, rainha brasileira;
à Tarsila das tintas e cores;
à Ursula das telas do cinema;
à Vanessa, com sua voz e madeixas;
à Wanderléia e toda sua ternura;
à Xica com sua liderança e atitude;
à Yolanda, eternamente Yolanda;
à Zilda e seu carinho e bondade sem fim.


Autor: Antônio Carlos


A estrela petista continua a brilhar



Neste “um Brasil de todos”, todos os dias jornais e revistas, televiões deste e de outros países denunciam o escandaloso crescimento dos tentáculos da máquina lulista que tem alcançado desavergonhadamente todos os setores do Estado. No entanto, de forma alguma isso tem apagado a luz vermelha da estrela petista.E agora, mais que nunca, a estrela é feminina!
Diferentemente dos intelectuais, jornalistas, empresários, estudantes universitários que chegam estranhamente a incompreender o absurdo da recorrente brilho petista mediante os assombrosos descobrimentos, a massa reflete voluntariamente e positivamente os raios o discurso sensacionalista e imponente da candidata do PT à Presidência da República.
A escolha política de boa parte da gente brasileira, mesmo não compreendendo as palavras difíceis de sua mais nova estrela, enxerga nelas a esperança de ver continuada a “esmola sua de cada dia”. “Desenvolvimento social sustentável”, “infraestrutura”, “investimentos a longo prazo”, “distribuição de renda”, “crescimento empregatício”, e “otimização da máquina previdenciária”, tudo isso soa estranho aos ouvidos de quem só escuta o tilintar do brilho lulista do PT, agora sob o grito rouco, mas feminino de uma Roussef.
Há oito anos, este mesmo grito trouxe ao trono um dito redentor de todos os pecados sociais de um país que anseava por um pleno processo de transformação econômico-político-social. A “estrela petista” da mudança seria para todos.
Mesmo que a “fome que deveria ser zero” o seja entre as quatro paredes e um teto enferrujado dos velhos armazéns país a fora; a luz só tenha chegado para todos aqueles que pagaram por ela; ou que a casa da minha vida que deveria ser minha esteja ainda atolada no concreto burocrático de bancos. De fato, para alguns “muitos ou poucos” foi possível que o brilho deste astro nada celeste chegasse aos bolsos de um poucos partidários “aloprados”.
Que preço pagamos por escolher ver o brilho da estrela. Escondidamente, a mesma ocultava em suas arestas avermelhadas o espingos das vicissitudes de um geverno partidarista que se revelava e continua a revelar-se numa grande máquina de produção de estelionatários reconhecidos e prestigiados pelo poder público do Estado.
Hoje, tomando partido de antigas expressões feministas, esta mesma estrela sustenta as mesmas idéias de sempre. Depois de tanto tempo, eles ainda querem as mesmas coisas. A estrela continua com o mesmo brilho, no entanto, mesmo que agora ofuscado pela nebulosa sombra das inesplicações petistas.
Mas não importa, a mesma gente de então continua a enxergar o mesmo brilho da antiga esperança. É só a “esmola” que importa. Confiada nisto, a estrela continua a brilhar, mesmo que refletida num imenso poço de lama.

Autora: Juliane Sales